Em 1977, José Cardoso Pires pegou no poema do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade “E agora José?” e usou-o como título do seu livro de ensaios. Um texto precioso de amargura e ironia porque, tal como tinha visto a revolução a acontecer por dentro das pessoas em O Delfim (1968), também agora era um dos primeiros a ver que a revolução tinha desacontecido.
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Uma velha tinha um cágado
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Senhora Idalina, escusa de se ralar a abrir mais fendas e levantar o soalho, que o cágado a esta hora já vai longe. A senhora, com tantos mimos que lhe deu para o fazer crescer, é que talvez, sem dar por isso, o convenceu a tornar-se tartaruga, e ele, paciente e aventureiro como é próprio dos cágados, já vai a caminho do Tejo à procura de vida nova.
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