Remarkable to notice that when Jacques Lacan was trying to destroy the anglo-american "Egopsychology", there were some concurrent efforts for a defense and even a counter-attack:
LACAN, J. Fonction et champ de la parole et du langage en Psychanalyse. La Psychanalyse, v. 1, p. 81–166, 1956.
LOEWENSTEIN, R. M. Some remarks on the role of speech in psycho-analytic technique. International Journal of Psychoanalysis, v. 37, 1956.
Alfinetada de Rudolph Lowenstein em Lacan (Lowenstein foi o analista de Lacan):
Hartmann [Heinz Hartmann, autor das psicologias do ego atacado por Lacan] (…) é profundamente versado no pensamento de Freud e, a despeito de alguns outros autores analíticos, sempre tem sido cuidadoso em situar suas novas formulações e conceitos no quadro geral da teoria psicanalítica.
ALEXANDER, F.; EISENSTEIN, S.; GROTJAHN, M. Psychoanalytic Pioneers. [s.l.] Transaction Publishers, 1995, p. 475
O texto é de 1966 (ano no qual Lacan publicou seus Escritos)
Version numérique sous la source Pas-tout de l’École Lacanienne
https://askemata.github.io/1953/09/26/jacques-lacan-discours-de-rome.html
Lacan começa a ficar mais conhecido após a cisão na Sociedade Psicanalítica de Paris, em 1953, que dá lugar à Sociedade Francesa de Psicanálise. Nesse ano de 1953 ele escreve e fala em vários textos que depois marcaram época, pois são espécies de mistos de manifesto e programa do que faz e fará: O simbólico, o imaginário e o real, o Discurso de Roma e Função e Campo da Fala e da Linguagem em Psicanálise (relatório comentado no Discurso de Roma), dentre outros, dão o tom.
E não deixa de ser curioso que, de 1953 em diante,
#Lacan passa a ter um jovem ouvinte e leitor cada vez mais interessado, chamado Michel Foucault.
#Foucault leu muito #psicanalise, e muito provavelmente acompanhou algo dos primeiros seminários de Lacan, talvez antes deles começarem no Hospital Sainte-Anne. Em suas milhares de fichas de leitura inéditas, há algumas anotações sobre Lacan e, até mesmo, uma folha datilografada contendo erratas da primeira versão de “Função e Campo”, publicada em 1956 no número 1 de La Psychanalyse (cujo volume se intitula “Sur la Parole et le Langage”, https://askesis.hypotheses.org/3664).
IANINI, G. A estrutura e seus efeitos : o simbólico de Lévi-Strauss a Lacan via Koyré, in Curinga, n. 32, Belo Horizonte, 2011, p. 117-132. Curinga, v. 32, p. 117–132, 2011. https://www.academia.edu/12214985/A_estrutura_e_seus_efeitos_o_simbólico_de_Lévi_Strauss_a_Lacan_via_Koyré
#lacan #levistrauss #psicanalise #koyre
Há tempos leio Lacan fichando. E ao mesmo tempo, achando bastante desnecessário o estilo do dito cujo. Há estilos e estilos, e muitos deles exigem uma espécie de engajamento no qual o leitor supostamente se comprometa (no caso, comprometa-se como sujeito) no que lerá. É o que #Lacan parece querer de seu leitor. No que também vale dizer: há aqueles que, para levar o indicador à orelha, escolhem dar a volta com o braço pelo outro lado da cabeça 🤡
A Nathalia Pasternak e o Carlos Orsi (embora que eu acho que seja o Carlos Orsi convencendo enviesadamente a nathalia Pasternak) contestam a #psicanálise por não ser científica, baseada em evidências. E ontem mesmo encontrei um dos artigos de Lévi-Strauss que fundamenta boa parte da psicanálise (a de #Lacan) a partir dos anos 1950, chamado "A Eficácia Simbólica":
LÉVI-STRAUSS, C. L’efficacité symbolique. Revue de l’histoire des religions, v. 135, n. 1, p. 5–27, 1949. https://www.persee.fr/doc/rhr_0035-1423_1949_num_135_1_5632
Afora esse artigo ser um verdadeiro achado, vale ater-se ao título, "eficácia simbólica": trata-se de uma "eficácia" (aspas!) cujo sentido nada tem a ver, nem de longe, com o tipo de "eficácia" visado por Orsi e Pasternak.
Como encarar isso? De duas, uma:
- ou negamos toda a antropologia e as ciências humanas do século XX para afirmar que apenas certo viés das ciências naturais do século XIX, com alguns argumentos recapados do século XX (especialmente via Popper), valem (e com isso sacrificamos também a antropologia do século XX, deixando o quê no lugar? A antropologia darwinista do século XIX?)
- Ou admitimos que o tipo de interrogação que Orsi tenta fazer à psicanálise não tem muito sentido, ou teria o mesmo sentido pelo qual os psicanalistas gostam de dizer que as outras correntes psicológicas nada sabem porque ignoram o inconsciente. Ou seja, o tipo de interrogação feita por Orsi não teria sentido algum, pois tenta refutar um corpo doutrinal sob os juízos (pouco definidos, inclusive) de outro.
A curiosa relação de Jacques #Lacan com os carros.
https://www.nybooks.com/online/2019/08/21/riding-in-cars-with-jacques-lacan/.
Em ciências humanas, há certas escolhas de tradução que enterram compromissos históricos.
Por ex.: traduzir #geisteswissenschaften como "ciências humanas" oferece um didatismo que enterra os compromissos criadores das "ciências do espírito" do século XIX. Traduzir o Ich freudiano como ego (conforme os ingleses) e depois como Eu (para acompanhar o moi dos franceses) torna arriscado esquecer o surgimento de tanta coisa, por exemplo a #Egopsychology (que, dentre outras, motivou o "retorno a #Freud" de #Lacan).
Em ciências humanas, é crucial não substantivar os termos para não cair em confusões.
#freud #geisteswissenschaften #Egopsychology #lacan
Como #Lacan renovou a #psicanálise e a aproximou das ciências humanas
https://jornal.usp.br/cultura/como-lacan-renovou-a-psicanalise-e-a-aproximou-das-ciencias-humanas/
This place looks familiar! #psychology #psychoanalysis #psychiatry #psychosis #Freud #Lacan #america
#psychology #psychoanalysis #psychiatry #psychosis #freud #lacan #america
Heinz Hartmann e a questão do Eu (Moi)
#freud #lacan #psicanalise #psychanalyse
Hartmann, H. (1967). Commentaires sur la Théorie Psychanalytique du Moi (1950). Revue française de psychanalyse : organe officiel de la Société psychanalytique de Paris, XXXI(3). https://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k54471010 (Original work published 1950)
#freud #hartmann #lacan #psychanalyse
Link PhilPapers: https://philpapers.org/rec/HARCSL
#freud #hartmann #lacan #psychanalyse
Das traduções de #Lacan (O Simbólico, o Imaginário e o Real, 1953):
"J’appelle symbole tout ce dont j’ai tenté de montrer la phénoménologie" (https://ecole-lacanienne.net/wp-content/uploads/2016/04/1953-07-08.pdf )
"Chamo de símbolo àquilo tudo cuja fenomenologia tentei mostrar"
Tradução brasileira:
"Chamo 'símbolo' tudo o que tentei mostrar com a fenomenologia"
We always heard a lot about Frankfurt or Bielefeld as the centers of German intellectuality in the 70s and 80s. I would rather have preferred to follow the discussions in Freiburg between #Kittler and #Theweleit about #Lacan. #philosophy #culturalstudies
#Kittler #theweleit #lacan #philosophy #culturalstudies
A month and a half after getting back home to boring Norway and the imagery and memories of Siesta Key/Sarasota, Florida keeps haunting me in a pleasant spooky and uneasy way. A small glimpse of The Real. #lacan
Duas versões de "O simbólico, o Imaginário e o Real",
Deux versions de "Le Symbolique, l'Imaginaire et le Réel",
conferência de Jacques #Lacan em 8 de julho de 1953:
Jacques, L. (2005). O Simbólico, o Imaginário e o Real (8/7/1953). In Nomes do Pai. Zahar. https://psiligapsicanalise.files.wordpress.com/2014/09/jacques-lacan-nomes-do-pai.pdf
Lacan, J. (1953). Le Symbolique, l’Imaginaire et le Réel (8/7/1953). Société Française de Psychanalyse, Paris. https://ecole-lacanienne.net/wp-content/uploads/2016/04/1953-07-08.pdf
#psicanalise #psychanalyse #freud #psychoanalysis @psychology
#lacan #psicanalise #psychanalyse #freud #psychoanalysis