Numa entrevista, em 2021, à revista da Universidade Federal de Santa Maria (Brasil), Luís Moita confessava-se surpreendido pela sua vida académica.
"Quando olho retrospetivamente para o meu percurso intelectual, surpreendo-me a mim mesmo como que "perseguido" pela ideia de "relação". Com efeito, até 1971 eu fui sacerdote católico e, nessa qualidade, estudei cinco anos em Roma, dois deles na Universidade Gregoriana dos Jesuítas e mais três numa Academia dirigida pelos Redentoristas na Universidade Lateranense. Foi nesta última que completei o meu doutoramento em Moral, com uma tese de pendor filosófico e teológico, toda ela centrada no conceito de relação. Estudei em diversos registos o tema da intersubjectividade enquanto questão basilar da ética, concluindo que a exigência moral coincide com a seriedade da relação. Nessa altura, ainda nos anos 1960, mal eu imaginava que iria dedicar-me, décadas mais tarde, às relações internacionais", explica.
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